Autor: José Magalhães (Presidente da Comissão de Segurança e Saúde do INE, Doutorado em Psicologia e Docente Universitário)
Ao ler atentamente a revista RH Magazine nº 117, de julho/agosto de 2018 encontrei no artigo “Burnout…uma paixão doentia pelo trabalho“ uma passagem a que dediquei um olhar especial. Refere o autor “A pergunta é: porque é que não se intervém, se sabemos as implicações que o burnout tem, primeiramente na saúde das pessoas e no seu bem-estar, as consequências económico-sociais que acarreta e a despesa que origina nas empresas por falta de pessoal?” (…) A resposta, segundo o mesmo autor, prende-se com o facto de que “as organizações têm de responder a alguns critérios para a sua sobrevivência” e que “os departamentos de recursos humanos continuam a ser muito sobrecarregados com questões administrativas e muito pouco com questões relacionadas com as pessoas”.
De facto, e desde que me dediquei profissionalmente à área da Segurança e Saúde no Trabalho (SST), em 2004, uma das dúvidas que me tem assolado nesta caminhada prende-se com o crescente conhecimento a que todos temos acesso sobre conceitos, números, causas e consequências do que vulgarmente designa-mos por “lesões músculo esqueléticas” e “riscos psicossociais”.
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