Autor:Manuel A. E. Pereira da Silva (Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho desde 1990, Licenciado em Segurança no Trabalho pelo ISMAI, Director Técnico da firma AVB Consultores de Segurança, Lda, Secretário da Direcção da a.p.t.p.s. – Associação Portuguesa de Técnicos de Prevenção e Segurança)
Aquando da construção de um edifício com pisos enterrados, a betonagem da laje da última cave pode não ocorrer antes do arranque da estrutura. Fica uma laje por fazer, depois das drenagens e de outros trabalhos e, quando é realizada a betonagem da laje de fundo, a estrutura entretanto construída não permite uma ventilação natural do ambiente desse piso, necessário para uma boa atmosfera no afagamento do betão com recurso a talochas rotativas, vulgo “helicópteros”. Muitos técnicos responsáveis não têm a percepção do risco provocado pelo funcionamento de motores a gasolina em atmosferas não ventiladas, pelo que de uma forma recorrente ocorrem situações de emergência com os trabalhadores envolvidos nesta actividade. Motivado por situações reais foi necessário criar uma folha de cálculo que simule a evolução do ambiente de trabalho de uma cave onde operam talochadoras (ou quaisquer outras máquinas com motor de combustão). É objectivo deste artigo, mostrar a evolução do ar ambiente de uma cave sem ventilação durante a operação de afagamento, de modo a que se torne evidente a necessidade de ventilação forçada durante esta operação e mostrar uma ferramenta automática de cálculo da ventilação mínima necessária.
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