VERA LÚCIA MARQUES MENDES, Primeiro Tenente Técnico Saúde – Enfermeira Adjunta do Chefe do Núcleo Saúde no Trabalho Gabinete de Segurança e Saúde no Trabalho
O panorama laboral atual caracteriza-se pela coexistência de várias gerações, cada qual com as suas peculiaridades, valores, expectativas e estilos de trabalho. Essa diversidade, embora enriquecedora, também pode gerar desafios para as empresas, como dificuldades na comunicação, na colaboração e na gestão de expectativas.
É crucial considerar o envelhecimento da população europeia. A proporção de indivíduos idosos está a aumentar a um ritmo mais acelerado do que a dos grupos etários mais jovens. Estima-se que, em 2080, a população com 65 anos ou mais será quase o dobro da atual, representando um terço da população europeia.
Esse envelhecimento populacional está associado ao envelhecimento da força de trabalho. Cada vez menos jovens ingressam no mercado de trabalho, enquanto a proporção de trabalhadores mais velhos (55-64 anos) está a aumentar.
Diante da crescente proporção de trabalhadores mais velhos, torna-se cada vez mais importante considerar o envelhecimento no local de trabalho e, principalmente, compreender a relação entre idade e trabalho. Em diversos países, a idade da reforma foi elevada nos últimos anos, e pesquisas estão em andamento para identificar formas de auxiliar os trabalhadores a manterem os seus empregos por mais tempo.
Com o aumento da idade de trabalho, a preservação da saúde no contexto profissional assume uma importância vital. O processo de envelhecimento é complexo e abrangente, englobando transformações que afetam não só o corpo, mas também a mente e as relações sociais do indivíduo.
Embora a idade de um indivíduo seja definida em anos e meses (idade cronológica), existem outros aspetos relevantes. A idade psicológica está relacionada com a forma como o indivíduo se sente, age e se comporta. Já a idade social reflete as expectativas culturais e sociais sobre o comportamento de um indivíduo em determinada idade.
É importante combater o estereótipo e o preconceito de que os funcionários mais velhos são menos aptos à tecnologia, menos recetivos a novas ideias ou menos propensos a adaptarem-se às mudanças. Por outro lado, os mais jovens podem ser vistos como impulsivos, inexperientes ou sem a devida ética profissional.
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