Leonor Carmo, Coordenadora do Centro Qualifica do Algueirão
Às vezes, quando tentamos ser o mais assertivos possível, deparamo-nos com um muro tão alto, construído desordenadamente, que não há escada telescópica que nos permita chegar ao topo e espreitar para o outro lado, ou até mesmo, qualquer fresta que nos permita tentar comunicar o que quer que seja, através dessa massa compacta e disforme, construída com tijolos de lágrimas e argamassa de estilhaços.
Neste momento sinto-me pequenina, perante a imensidão da desgraça e calamidade que se espalham e matam de forma mais avassaladora do que a última doença virulenta, fazendo-se veículo de contágio pelos destroços, pó, fumos e crateras que vão sendo multiplicados ao minuto, num país que quer ser livre, mas ao qual não querem deixar chegar a paz e a autonomia política, social e económica.
Ser assertiva numa revista ícone, especializada em Segurança, é fácil! Difícil será discernir e encontrar suporte para, em momentos como os atuais, conseguir deixar de colocar emoção no que quer que se escreva, ou sobre o que quer que se debata ou reflita.
Sim, é verdade que a segurança não se compadece com emoções, e a verdade é que na Ucrânia, já nem se põem estas questões. Impera a “lei do desenrasca” (desculpem-me os puristas da língua portuguesa e da etiqueta), o “imperativo da urgência”, o “não há outra forma, o “queremos é sobreviver e salvar o nosso país a qualquer custo”. Ou seja, no limite, ultrapassam-se todas as regras de segurança, para que alguns sobrevivam…
Hoje assisti a uma reportagem sobre o caminho-de-ferro ucraniano, que tem sido nos últimos dias, uma das poucas, senão a única escapatória ao desenvolvimento da guerra consequente da brutal invasão da Ucrânia, pelas tropas da federação russa.
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