INÊS PEDRO, Autora, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
PROFESSOR DOUTOR ANTÓNIO JORGE FERREIRA, Orientador, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
MESTRE ANA CATARINA LANÇA, Co-orientadora, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
RESUMO
A Ergonomia na Medicina Dentária é fundamental pois contribui para o aumento da produtividade, reduz o stress físico e emocional e previne o desenvolvimento de doenças relacionadas com o trabalho. É uma área que requer concentração, precisão e esforço físico e, para que as tarefas sejam desempenhadas de forma segura e confortável, devem ser adotados princípios ergonómicos.
Este estudo teve como objetivo avaliar as posturas dos profissionais (médicos e assistentes), com o auxílio dos métodos RULA e REBA. Concretamente, verificou-se a presença de dor/desconforto de acordo com a antiguidade da profissão e com a categoria profissional, identificou-se a perceção de dor/desconforto quanto à localização e intensidade, analisou-se a existência de doenças profissionais e doenças relacionadas com o trabalho e verificou-se em que nível de ação se enquadram as tarefas exercidas.
Na visita às clínicas dentárias solicitou-se permissão para visualizar as posturas adotadas pelos profissionais durante as consultas, pelo que os dados foram obtidos através da observação direta. Elaborou-se também um questionário de autorresposta para preenchimento dos profissionais.
Constatou-se que a maioria dos trabalhadores sentiu dor/desconforto durante o último ano. As zonas cuja intensidade foi mais elevada foram o pescoço, região cervical, costas (zona inferior), ombros e punho direito.
Para além da antiguidade na profissão, o número de horas semanais trabalhadas (>40h), poderá ser uma causa para o aparecimento de dor/desconforto, tal como a não realização de ginástica laboral e pausas periódicas.
Verificou-se que as tarefas exercidas pelos médicos causam mais preocupação quando comparadas com as dos assistentes, sendo a dentisteria a área que apresentou um nível de risco mais elevado, ou seja, onde se deverão realizar mudanças mais rapidamente.
Existe um longo caminho a percorrer para combater os riscos ergonómicos.
Continua a ser um desafio, pois é necessário consciencializar os trabalhadores para as consequências das posturas de trabalho incorretas.
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