Algumas pessoas nunca tiveram audição, pois já nasceram surdas, mas à maioria aconteceu alguma coisa ao longo da vida que lhes tirou a audição. Doenças infeciosas como a meningite, o sarampo, a papeira e infeções crónicas do ouvido, bem como lesões cranianas ou do ouvido ou o envelhecimento podem contribuir para a perda de audição.
Contudo, a causa mais comum é provavelmente a exposição a ruído excessivo. Quer se trate de uma única exposição a um som intenso, como o disparo de uma arma, ou através de exposições repetidas a ruídos elevados ao longo do tempo. Este tipo de exposições tem a faculdade de expropriar as pessoas da sua audição.
Os efeitos da perda auditiva vão muito além da necessidade de aumentar o volume da televisão. Restringem a capacidade de uma pessoa acompanhar uma conversa, o que pode causar mal entendidos no trabalho e em casa. A perda auditiva também leva ao isolamento em relação à família, aos amigos e ao meio ambiente. Muitas pessoas poderiam ser poupadas a esta perda, se fossem tomadas as devidas precauções e a maior de todas é a utilização de proteção auditiva.
Existem opções muito boas de proteção auditiva, as mais conhecidas são os Abafadores e Tampões. Os abafadores são equipamentos muito simples de utilizar e de ajustar de forma correcta, seguindo algumas indicações muito simples.
Os tampões auditivos, pelo contrário, já se revestem de maior dificuldade na hora de conseguir um bom ajuste. Porque por um lado temos o facto de que os tampões se utilizarem inseridos no canal auditivo e como cada pessoa tem características muito próprias de canal auditivo, seja em tamanho ou forma, a correcta utilização requer destreza, formação e validação.
Existem também outras opções que ajudam a melhorar a comunicação equipamentos de protecção auditiva equipados com microfones e conexões de rádio de duas vias que tornam o protetor auditivo ativo.
A ideia de que apenas nos locais de trabalho se produzem sons nocivos, está longe de ser uma realidade. Sons mais altos do que 85 decibéis (dBA) são mais comuns do que as pessoas possam pensar. A exposição prolongada a esses sons de nível elevado pode danificar permanentemente a sua audição e provocar zumbido nos ouvidos, juntamente com outros sintomas. Alguns exemplos incluem:
- Assistir a um jogo de futebol (100 a 120 dBA);
– Andar de mota (80-110 dBA);
– Utilizar um corta relva (82-103 dBA);
– Ouvir música com auscultadores (75-114 dBA);
– Assistir a um filme no cinema (72-104 dBA).
Ouvir estes sons ocasionalmente, por um tempo limitado, não representa uma grande ameaça para a audição. Mas a exposição repetida a sons altos pode causar problemas de audição com o passar do tempo. Muitas pessoas trabalham todos os dias nos seus empregos em condições de ruído de 85 dBA ou superiores. Em consequência, a perda de audição induzida pelo ruído é uma das doenças ocupacionais mais comuns e a segunda doença ocupacional mais referida (fonte: NIOSH).