HUMBERTO DOMINGUES, Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária
HealthNews – 28/7/2024
Entramos no Verão, onde por norma, o trânsito nas nossas estradas aumenta, por vá- rias razões, mas essencialmente, pela chegada e circulação de turistas e emigrantes. As estradas/vias de comunicação e povoações mais pacatas assistem ao aumento de trânsito, e inversamente o sossego diminuiu e o estacionamento não chega para tantos automóveis.
Se nas grandes cidades se sente uma “acalmia” no trânsito diário, devido às férias escolares e às férias dos agregados familiares, que vão para outros espaços e territórios passar férias – província, estrangeiro, etc. – o inverso sente-se no interior que “absorve” a chegada de tanta gente. Nas vilas e cidades junto à costa atlântica e que possuem afamadas praias de “bandeira azul”, sentem a “invasão” de pessoas e viaturas, alterando o seu pacato quotidiano.
No passado havia uma dificuldade de circulação, porque a infraestrutura rodoviária era limitada e limitante e oferecia inúmeros perigos. Por outro lado, os carros eram mais raros e considerados “artigos de luxo”. Paulatinamente foi-se transformando numa ferramenta de trabalho imprescindível, um “utensílio” mais social e com facilidade, veio a moda de financiamento bancário para a sua aquisição, como bem de consumo em que se tornou na Sociedade e isso, fez disparar o número de viaturas por agregado familiar. Entretanto a crise dos combustíveis e a alteração de preços, também teve implicações grandes nos orçamentos familiares e no sustento de um ou mais carros por Família.
A indústria automóvel deu um salto colossal. Os níveis e mecanismos de segurança colocados/instalados nas viaturas são imensos, que asseguram medidas excepcionais de segurança, quer activa, quer passiva, onde a prevenção de acidentes é o objectivo major a alcançar. Toda esta evolução da engenharia, trouxe melhores combustíveis e mais velocidade aos carros, possibilitando percorrer maiores distâncias em menor espaço de tempo. As auto-estradas vieram ajudar, o que dantes era longe, a tornar-se, mais perto.
Da consulta que fizemos na página da “Prevenção Rodoviária Portuguesa” (PRP), entre os anos de 2010 e 2022, colhemos alguns dados interessantes. Fizemos algumas comparações com os dados possíveis cujo registo de sinistralidade 24 horas (“vitima mortal 24 horas – vítima cujo óbito ocorra no local do acidente ou durante o percurso até à unidade de saúde”) e sinistralidade 30 dias (“vítima mortal 30 dias – vítima cujo óbito ocorra no período de 30 dias após o acidente”), registaram-se em 2010, 937 vítimas mortais em 30 dias e 741 vítimas mortais nas 24 horas. Em 2022, 591 vítimas mortais em 30 dias e 462 vítimas nas 24 horas.
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