PAULO MACEDO (Professor Universitário)
Há uns anos uma greve do serviço de bombeiros no Reino Unido obrigou as forças armadas britânicas a recorrer aos seus vetustos veículos de combate a incêndio, as designadas “Green Goddess”, como forma de obviar a eventuais falhas no combate a incêndios por parte de alguns grevistas Na altura, perguntámo-nos o que aconteceria em Portugal numa situação idêntica e não conseguimos chegar a uma resposta
Voltamos a lembrar-nos deste tipo de situações quando assistimos a manifestações de forças e serviços de segurança (FSE).
Já nas páginas desta revista falámos da lei das consequências não-intencionais e a realidade volta a provar a sua validade perante a actual situação de pedido de igualdade de suplementos nas FSE.
Dispensando-nos de constatar o óbvio, isto é, a razão que lhes assiste e a forma geralmente sensata como têm demonstrado a sua insatisfação, parece-nos que ainda vamos ver os bombeiros, a guarda prisional, a polícia marítima, a ASAE e vários outros organismos a reclamar de situações idênticas ou similares.
Há muitos anos que defendemos o fim dos subsídios, suplementos, gratificados e similares, e advogamos um salário digno e adequado com as funções e responsabilidades exercidas pelas FSE.
Por definição, nunca será o valor que todos gostariam de receber pois tal aplica-se a todas as profissões. porém, em nossa opinião, começa a tornar-se premente uma reforma da Administração Pública (AP) que não fique apenas pela redução de postos de trabalho, pela utilização das novas tecnologias e da inteligência artificial, mas que inclua um quadro de remuneração de todos os funcionários da AP segundo critérios adequados e exequíveis; enquanto tal não acontecer, situações similares vão continuar a ocorrer, seja com polícias, médicos, enfermeiros, funcionários vários e muitos outros.
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