Autor: J. Pinto da Costa (Professor Catedrático na Universidade Portucalense Infante D. Henrique)
A agricultura modelada pela mão humana acontece desde o período neolítico (há 10.000 anos), mais ou menos simultaneamente em grupos populacionais distintos. As ditas técnicas agrícolas teriam sido iniciadas na Mesopotêmia.
Entre os povos cultores da agricultura mais primitiva contam-se os Azetecas e os Maias que apenas usavam as mãos e um arado de mão muito primitivo, com escassa produtividade que contrariamente aos romanos (séc. I e II), a Inglaterra e a Holanda (séc. XVIII) cultivavam uma agricultura próxima da modernidade, como se depreende dos manuais agrícolas de Marco Terêncio Varrão, Marco Pórcio Catão, o Censor e outros que já utilizam pesticidas.
Além disso, utilizavam rotação de culturas, fertilizantes químicos e biológicos. Os romanos já empregavam charruas puxadas por burro.
As técnicas adquiridas nesses tempos eram muito rudimentares em comparação com as de hoje, em que se emprega a enxada, as queimadas e o arado de tração animal, técnicas ainda hoje praticadas em várias partes do mundo.
Para além da agricultura, a biodiversidade pode ser posta em causa pelos produtos químicos nela usados.
Tudo o que faz bem pode fazer mal, evidência temperada pela qualidade e pela quantidade. Na procura da pedra filosofal a alquimia foi fonte de progresso. A manipulação humana dos elementos naturais através da química dilatou o poder existencial humano.