LEONOR CARMO (Coordenadora do Centro Qualifica do Algueirão)
O ano de 2024 foi marcado por um aumento significativo nas consequências das alterações climáticas. As catástrofes naturais tornaram-se mais frequentes e devastadoras, com tufões, cheias e incêndios florestais a causar destruição em várias partes do mundo.
Contrastes alarmantes aconteceram um pouco por toda a parte, como no Brasil, que enfrentou uma das piores tragédias climáticas da sua história, com grandes enchentes que devastaram cidades inteiras, deixando milhares de desabrigados ou na Amazónia que sofreu com uma seca extrema, resultando em incêndios florestais, que destruíram vastas áreas, e que aliados aos atos criminosos dos madeireiros, afetaram a biodiversidade riquíssima. E claro, Valência, Espanha, que enfrentou uma das piores cheias da sua história, resultando na morte de pelo menos 225 pessoas e deixando várias outras desaparecidas. As inundações, causadas por uma tempestade conhecida como DANA (depressão isolada em níveis altos), devastaram a região, destruindo infraestruturas, casas e veículos. Este desastre climático destaca a urgência de medidas de adaptação e resiliência às alterações climáticas para proteger as comunidades e os locais de trabalho, e pôs a nu as inúmeras deficiências de um sistema de prevenção e comunicação, muito parecido com o nosso. Tal como cá, vai-se sacudindo a água do capote e apontando o dedo ao vizinho…
Além dos desastres naturais por todo o mundo, 2024 também foi um ano de intensificação de conflitos e guerras. A guerra entre Israel e o Hamas, em Gaza, resultou na morte de milhares de palestinianos e israelitas, incluindo muitas crianças, demasiadas!!! Nem que fosse só uma, já era mau! São inocentes!
Na Ucrânia, o conflito provocado pela invasão russa continua sem fim à vista, causando destruição e deslocação de populações de aldeias e cidades. Mais um conflito incompreensível que continua a resultar não só em perdas humanas significativas, mas também no agravamento das condições de vida e trabalho em todas as regiões afetadas.
O comportamento humano, impulsionado por um desejo desmedido de poder e domínio de meia dúzia de energúmenos, exacerbou conflitos existentes e criou novos litígios/discórdias (não sei o que lhes chame… “estupidezes”?). Guerras e violência tornaram-se mais comuns, resultando em sofrimento generalizado. O mundo está, de facto, muito doente, e a humanidade parece estar cega para a gravidade da situação. No entanto, é crucial reconhecer que todos nós temos um papel a desempenhar na mitigação destes problemas e na cura das feridas abertas. A intervenção pode começar a nível individual, com mudanças nos hábitos de consumo e um maior compromisso com a sustentabilidade. A nível coletivo, é necessário pressionar os governos e as empresas a adotarem políticas e práticas mais responsáveis e sustentáveis, no que diz respeito às alterações climáticas… e quanto aos conflitos armados escuso-me de expor na nossa Revista, a minha opinião e reflexão sobre como lhes pôr fim, por pudor e vergonha alheia…
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