Autor: Maria Christina Rodrigues Menezes (Médica do trabalho em Macaé – RJ, Diretora da “Bios, medicina ocupacional”, Diretora técnica do programa de Atenção a Integral a Saúde do Trabalhador, Médica coordenadora de empresas prestadora de serviços à Petrobras – Brasil)
As estatísticas do Instituto Brasileiro Geografia e Estatística – IBGE, divulgadas em maio deste ano, nos informam que apesar de todos os pesares, 90,6 milhões de brasileiros ainda conseguem manter seus empregos com carteira assinada. Trata-se de um luxo na atual fase vivida pelo Brasil. Um tempo no qual se destacam: a recessão econômica, o desemprego galopante e o desânimo generalizado. Um dos momentos mais sombrios da história recente do País.
Num ambiente desses receber um salário todo o final de mês se transformou numa dádiva quase divina. Talvez, isso explique em parte outro fato curioso dos tempos atuais. Cinquenta e seis por cento dos 3 milhões de processos que tramitam nos 24 tribunais federais do Trabalho, são de empregados reivindicando o pagamento de férias e de salários atrasados. Um dos direitos mais elementares na relação capital/trabalho.
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