LUIS CALÇARÃO, MSC CANDIDATE (Técnico de Segurança e Saúde do Trabalho, Formador, Auditor em Sistemas de Gestão Integrados)
Publicado em 5 de mar. de 2023
Em perspetiva podemos considerar que a complacência seja na maioria das vezes um dos maiores perigos presentes nos locais de trabalho. De acordo com o dicionário, complacência é o ato de desejo ou cuidado de comprazer, ou de condescendência. Na prática é aceitarmos o que é feito, porque sempre foi feito assim, mesmo que feito de uma forma menos correta.
Por outro lado, também é assumirmos que terceiros, são especialistas no que fazem, por isso sentimos que não será necessária monitorização do que está a ser feito ou questionarmos o que nos apresentam.
E porque é que isto acontece?
Quando o nosso cérebro cria hábitos através das atividades rotineiras, estas são encaminhadas por defeito para uma parte do cérebro, o que de acordo com os cientistas é o “mode network”, basicamente e de uma forma mais simplista trata-se do nosso subconsciente.
Deste modo, significa que tarefas simples, tais como andar de bicicleta, andar, correr, tocar uma música e até algo que na maioria nós, será comum, como conduzir, possam ser realizadas sem que tenhamos de pensar no, e como fazer. A repetição das tarefas torna-se num hábito, e por sua vez é um reflexo na execução das mesmas.
Esta situação poderá induzir nos em erro, e pensarmos que deste modo posso fazer mais e ao mesmo tempo, no entanto, o cérebro não está preparado para fazer múltiplas tarefas, e é por esta razão que quando tentamos executar mais do que uma tarefa em simultâneo, vamos cometer erros vão existir falhas e aumenta claro a probabilidade de acontecer um acidente.
Um exemplo, que acredito, pelo qual a maioria de nós já passou, irmos a conduzir e atender uma chamada nos nossos telemóveis, mesmo que as viaturas tenham equipadas um sistema de mãos livres, o facto é que iremos perder a concentração naquilo deveria ser importante, a condução.
Agora podemos então dizer que a complacência é uma auto satisfação, acompanhada do desconhecimento dos perigos reais, em que apenas nos baseamos em ideias pré-concebidas e irrealistas, porque na verdade não acreditamos que algo nos possa acontecer.
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