FERNANDO MANUEL P. J. SILVA (PHD) (Presidente da FLG-Fundação Luso Galaica (Por, Portugal), Presidente da ADITEC-Associação para o Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, Gestor / Académico)
Vivemos num mundo, em crescendo na digitalização e por conseguinte cada vez mais conectado. A maneira como vivemos, trabalhamos e buscamos o nosso bem-estar e lazer é directamente influenciada pelo ambiente físico que nos rodeia e pelas pessoas que orbitam no nosso universo, igualmente pelo uso da tecnologia e pela troca de recursos e, é claro, pelos espaços que partilhamos.
Neste contexto, o tráfego na ruralidade e nas cidades está a observar uma grande mudança em direcção à mobilidade partilhada e por conseguinte, a um crescimento cada vez mais importante do que denominamos de “micromobilidade”, que inclui especialmente modos flexíveis para uma única pessoa e/ou, no limite duas, se socorrerem de meios de transporte pequenos e leves utilizados em curtas distâncias e que podem usar a energia eléctrica como motor, tais como: ciclomotores, bicicletas, scooters eléctricos ou manuais, triciclos eléctricos, trotinetes eléctricas, segways, etc.
Este fenómeno da micromobilidade é um novo paradigma de transporte público, com um enorme potencial para promover a implementação de um conjunto de soluções de mobilidade sustentável, em prol da descarbonização e de uma redução do congestionamento do tráfego nas vilas e nas cidades. Como consequência assistimos hoje à pressão pela multiplicação de diversas infraestruturas adequadas e indispensáveis à tipologia deste tipo de veículos (ciclovias; sinalética; praças de estacionamento; plataformas de carregamento; etc.) no espaço público, quer no meio rural, quer em ambiente urbano.
Contudo, este processo representa um enorme desafio de grande complexidade (a segurança rodoviária; o estacionamento; a política e regulamentação; o ciclo de vida do veículo; o potencial intermodal; e, uma opinião pública resistente) para a generalidade dos municípios e áreas metropolitanas, que vêm a necessidade de criar novas molduras legislativas que regulem o uso, o manuseamento e a partilha desta tipologia de “eco-veículos” e onde são chamadas a criar e/ou a reforçar algumas das infraestruturas indispensáveis à gestão e monitorização rodoviária desta tipologia de equipamentos de transporte.
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