CARLOS GOMES DE OLIVEIRA (ISEC Lisboa), FERNANDO NUNES (ISEL/IPL)
INTRODUÇÃO
Todos usamos, no nosso dia-a-dia, diversas linguagens1. Mais precisamente, diversos níveis de linguagem. Estes dependem do contexto, dos interlocutores, da própria mensagem a transmitir. Utilizamos desde um nível básico com apenas alguns conceitos fundamentais e com definições muito abrangentes, até linguagens elaboradas, com uma terminologia técnica e cientificamente correta, passando pelo chamado jargão profissional.
Mesmo a nível técnico, as diversas línguas tratam noções, como por exemplo a de risco, de uma forma imprecisa e dispersa. O mesmo conceito aparece com diversas definições e, por vezes, associado a diferentes termos. O mesmo termo é utilizado para caracterizar conceitos diferentes. As definições vagas e os termos redundantes, são comuns.
Qualquer ciência necessita, para se consolidar, de um esquema conceptual e terminológico que seja abrangente, uniforme e sobretudo, coerente.
A Segurança não é uma ciência exata. Mas tem de ser, naturalmente, uma ciência precisa.
Como qualquer área de conhecimento, a sua estrutura baseia-se num conjunto de termos que representam o universo de conceitos que trata. Mas, os diversos níveis de linguagem utilizados, as divergências, complementaridades e/ou redundâncias que podem ser encontradas na bibliografia científica e nos documentos normativos, a dificuldade de estabelecer definições inequívocas para conceitos tão ligados à incerteza, implicam a necessidade de trabalhar um conjunto interligado de termos, cientificamente alicerçado em critérios válidos, fiáveis e eficazes, que seja coerente e suficientemente abrangente para permitir um tratamento terminológico do Processo de Gestão do Risco e, consequentemente, contribuir para uma uniformização fundamentada da terminologia aplicável à Engenharia de Segurança, onde esta necessidade é evidente.
E como?
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