Autor: Paulo Macedo (Professor Universitário)
- A segurança nacional portuguesa, em 2017, parece estar em baixo de forma se tivermos em mente os últimos casos ocorridos com o desaparecimento de armas e equipamentos militares (na sequência de outros anteriores), a tragédia dos incêndios (com consequências particularmente graves este ano), alegações de comportamentos menos correctos por parte de alguns elementos de uma das forças de segurança, falta de efectivos nas forças armadas (aparentemente por questões financeiras), questões claras de ineficácia ao nível do comando, controlo e comunicações (e não apenas técnicas), entre outras situações que permitem, no mínimo, levantar interrogações sobre o modelo de segurança nacional que possuímos (se é que temos um modelo e não um aglomerado de elementos díspares e duplicados), as suas interacções e os resultados que se visam atingir.
- A política, no século XXI, é feita a correr, procurando obter resultados no imediato e no curto prazo, esquecendo qualquer perspectiva de médio prazo. Na realidade, o prazo, actualmente, é de cerca de 4 anos ou, na melhor das hipóteses, se o partido que estiver no governo voltar a ganhar as eleições, de 8 anos.