Quando abordamos a temática da Segurança, higiene e saúde no trabalho estamos claramente a consubstanciar o e a relevar o domínio da PREVENÇÃO e da CULTURA de SEGURANÇA como veículos potenciadores de mudança de comportamentos, de posturas desadequadas, de atos perigosos e de omissões secundarizadas. Esta necessária assunção de princípios e atitudes que, desde a infância deveriam ser trabalhadas (nas escolas, na família e outras instituições de apoio aos jovens), são fatores determinantes na prossecução de relações saudáveis de trabalho nas organizações que pretendam evoluir e em que todos se sintam bem e… venham bem para o seu local de trabalho.
O respeito pela PESSOA enquanto trabalhador, assume-se e materializa-se na defesa dos valores e na vida de todos os atores profissionais. O respeito é um recurso valioso em qualquer sociedade justa e de direito.
Para a adoção de uma CULTURA de SEGURANÇA intrinsecamente percebida por todos, passa, em primeiro lugar pelo envolvimento de todos os trabalhadores de determinada organização (seja privada ou pública) no que diz respeito ao reconhecimento prévio dos perigos com que se deparam no seu dia-a-dia.
Em segundo lugar quem melhor para avaliar esses perigos que os técnicos de segurança, higiene e saúde no trabalho em sintonia com os trabalhadores que mais diretamente operam com os perigos atrás referidos. Dessas visitas aos locais de trabalho, surgem necessariamente avaliações de riscos que ajudam TODOS a tomar as medidas, as posturas e os comportamentos mais adequados para superar os constrangimentos de ordem física, química, ergonómica, social, biológica e psicossocial detetados na fase de averiguação no terreno, e, por antecipação evitar que surjam ocorrências desagradáveis materializadas em incidentes ou acidentes. No caso de ser impossível EVITAR, dever-se-á ter em atenção a MINIMIZAÇÂO das consequências.
Em terceiro lugar, dever-se-á apostar na SENSIBILIZAÇÃO e na FORMAÇÃO uma vez que essas estratégias configuram um planeamento mais racional dos riscos e uma programação mental que, indissociavelmente ajuda o trabalhador a melhor se acautelar do perigo e a melhor proteger-se. Claramente que a tónica dever-se-á incidir na PREVENÇÃO de forma inequívoca como um ato normal de trabalho alicerçado em rotinas pré-trabalhadas em cenário de formação, quer em sala, quer on job training. Abordar destes os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonómicos, mecânicos, elétricos até aos riscos de foro mental e social, hoje massificados nas modernas sociedades da informação e comunicação.