RUI ALDEANO (Técnico Superior de SST, no Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL))
No longínquo ano de 2000, iniciei a minha carreira profissional como ajudante de eletricista, numa das maiores, à data, empresas prestadoras de serviços na área
da eletricidade e telecomunicações.
No período decorrido entre 2000 e 2009, viveram-se os tempos de ouro das telecomunicações em Portugal, com o que isso significou em empregabilidade e oportunidades de negócio. A disseminação das tecnologias 2G, o arranque do 3G, o início da democratização da tecnologia de TV por cabo nas casas portuguesas, geraram muitos postos de trabalho.
Para se destacarem das concorrentes, algumas empresas instaladoras apostaram no compromisso do estabelecimento de padrões de qualidade, como foi o caso
da Tegael S.A de que lhes falo. Obrigatoriamente, esse compromisso de gestão, passou pela formação dos trabalhadores, pelo aperfeiçoamento de técnicas e por um investimento na área da Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Sobre este último, denotar que foi essencial para reduzir o absentismo que dificultava o cumprimento de prazos estabelecidos com o cliente.
Com o crescimento e uma imagem de referência surgiram os processos de certificação, entre os quais a certificação de cumprimento da norma OHSAS 18001-Sistemas de gestão da segurança e da saúde do trabalho, atualmente substituída pela ISO 45001.
A certificação do sistema de SST levou a Tegael a investir de forma contínua e permanente na prevenção da sinistralidade laboral: mais técnicos de SST, enfermeiras em permanência, maior rigor no controlo de execução dos trabalhos, mais idas dos técnicos ao terreno, maior responsabilização das chefias diretas, mais equipamentos de proteção coletiva e sobretudo muitos mais equipamentos de proteção individual (EPI). Tudo, como manda a cartilha!
Perante esta realidade, o leitor(a) poderá ficar expectante sobre o retorno do investimento na prevenção, nomeadamente ao nível da redução da sinistralidade laboral. O retorno existiu e ficou comprovado que apostar na prevenção pode contribuir para a melhoria dos resultados das organizações.
A história podia terminar aqui, mas o quotidiano de uma organização não é estático e como tal, nem sempre foi possível garantir bons índices de sinistralidade
laboral.
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