SÓNIA PINOTE BERNARDES (Especialista em Psicologia Clínica do Serviço de Saúde Ocupacional do CHULC, Ponto Focal Institucional do Plano de Ação para a
Prevenção da Violência no sector da Saúde (PAPVSS))
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Quando relaciono saúde mental e trabalho, remeto para a perceção individual no ser, estar, pensar e agir, onde queremos contribuir para a sociedade onde nos encontramos para nos sentimos bem e uteis.
Neste contexto, aspiramos por um trabalho digno, com oportunidade para realizar algo produtivo com uma remuneração justa, onde nos sentimos seguros, organizados, com boas condições de trabalho, onde possamos ter oportunidade de desenvolver e sermos reconhecidos. Onde exista liberdade para manifestar 0piniões, duvidas e sugestões, com boas relações interpessoais.
No entanto, a realidade não é essa, nos últimos anos essa aspiração tem sido desfraldada por vários fatores, desde os individuais, culturais, sociais, económicos aos organizacionais, com diferentes consequências em cada pessoa, nas organizações e na sociedade. Fatores que produzem riscos psicossociais que conduzem a problemas de Saúde Psicológica, com custos de triliões de euros para a economia global, apresentado em detalhe no Relatório do Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho da Ordem dos Psicólogos.
As mudanças no mundo, nas novas formas de trabalho, nas diferentes condições de trabalho, a escassez de recursos, as novas relações entre os colegas, diferenças geracionais onde para uns o conciliar o tempo com a família e/ou amigos face ao tempo que dedicamos ao trabalho é muito importante e têm gerado mais sentimentos de insegurança, fragilidade, ansiedade, desconfiança e ambiguidade.
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