RICARDO RIBEIRO, PH.D, MSC (Gestão da Segurança, Emergência e Proteção Civil)
Introdução
Extensas áreas do território português são, anos após ano, devastadas por incêndios florestais, que se traduz num impacto negativo de imensa gravidade económica, social, sem falar nas vidas de civis e operacionais que se perdem!
Neste primeiro artigo apenas se aborda a fase que precede o incêndios e toda a envolvência direta e indireta que deveria, minha opinião, ser avaliada e tratada de forma integrada. Esta realidade consequente tem vindo a evoluir de forma alucinante seja em que perspetiva se pretenda ver o problema, sendo de destacar alguns anos, como o de 2017 que atingiu uns obscenos 563.532 ha.
Todos os anos a mesma realidade… e todos os anos se insiste na mesma receita: Foco no combate… inércia nas medidas estruturais de prevenção e na avaliação das causas e das consequências desses incêndios!
Além disso, alguns protagonistas do setor não entendem este risco, melhor, não aceitam este risco como um risco estrutural, pelo menos nas omissões que protagonizam nas suas linhas estratégicas de atuação.
Em consequência, não investimos nem nas medidas de prevenção estrutural, e ainda para permitirmos o aumento a dinâmica em espiral destrutiva, também ignoramos a reabilitação e a reflorestação, e quando reflorestamos, nem sempre o fazemos de forma saudável e sustentável que se traduza num investimento que aumente a resiliência da “futura” área florestal!
Planear para prevenir e mitigar
O problema dos incêndios em Portugal e até noutros países europeus, como a Espanha, são antes de tudo e na sua origem, lacunas, falhas, omissões e falta de visão estratégica ao nível do planeamento e do desenvolvimento económico-social nas zonas do interior de maior concentração de zonas florestais, obviamente sem perder de vista a complexidade do tema, num contexto envolvente de alterações climáticas graves e extremas. Em consequência podemos afirmar que os incêndios em Portugal se assumem assim, e de forma muito clara, como o maior risco a que o nosso país está exposto todos os anos.
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