Autor: Luís António Coelho de Sousa Fava (Técnico Responsável SAJ MQ)
1 NOTA PRÉVIA
Considera-se um trabalho em altura quando:
Não existem sistemas de segurança e um trabalhador poderá cair e da queda resultarem consequências graves, muito graves e/ou a morte do mesmo.
Por defeito e/ou orientação considera–se a OSHA 3146/2016 que define um Trabalho em Altura, quando estamos a executar um trabalho acima de 6 pés (1,80m), a partir do qual é obrigatório o uso de sistemas que impeçam a queda do trabalhador.
Os equipamentos de trabalho são regulamentados pelo Decreto-Lei N.º 50/2005, de 25 de fevereiro o qual assegura que são os adequados e os convenientes para execução do trabalho em segurança, a manutenção e a formação adequada para a utilização dos equipamentos.
2. INTRODUÇÃO
A execução de trabalhos em altura expõe os trabalhadores a riscos elevados, particularmente quedas, frequentemente com consequências graves para os sinistrados e que representam uma percentagem elevada de acidentes de trabalho.
Estas atividades exigem a implementação dos princípios gerais de prevenção que permitem identificar as causas e reformular ou criar estratégias corretivas de acordo com as ações a desenvolver nesta matéria, nomeadamente:
– conceção na fase de projeto de medidas ou equipamentos que possibilitem a eliminação do risco;
– implementação de métodos preventivos de organização do trabalho;
– planificação de toda a atividade;
– limitação dos efeitos de risco mediante a utilização de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC);
– utilização complementar de Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
– formação permanente sobre as atividades a desenvolver.
3. TIPOS DE ATIVIDADES E RISCOS MAIS FREQUENTES
Os trabalhos em altura efetuam-se em função das especificidades da atividade e dos equipamentos de trabalho a utilizar, nomeadamente:
– escadas portáteis (simples ou extensíveis) e escadotes;
– andaimes fixos;
– andaimes móveis;
– andaimes suspensos;
– postes e torres metálicas.
Associados aos trabalhos em altura estão uma série de riscos, tais como:
– queda em níveis diferentes;
– queda ao mesmo nível;
– queda de objetos;
– choque com objetos no trajeto de subida e descida;
– eletrocussão ou eletrização;
– projeção de objetos.
(continuação na edição nº 253)