Autor: Fernando P. Carvalho (Laboratório de Protecção e Segurança Radiológica, IST – Universidade de Lisboa)
O uso de pára-raios radioactivos foi muito popular durante a segunda metade do século XX. Contudo, os dispositivos alternativos, isto é, os pára-raios sem fonte radioactiva, não são menos eficazes que os pára-raios radioactivos e estes são hoje considerados obsoletos. Em particular, os pára-raios radioactivos metálicos com fontes de amerício-241 e os para-raios construídos com uma peça de porcelana impregnada com rádio-226 foram desaconselhados e devem ser retirados de serviço. Vamos saber porquê e, se possuirmos algum destes pára-raios radioactivos, devemos tomar nota das boas práticas que se devem adoptar para os recolher.
A trovoada, o raio e o pára-raios
As trovoadas sempre nos impressionaram pelas tremendas forças da natureza que libertam. Contudo, se o ribombar do trovão assusta, o verdadeiro poder destruidor estará sempre ligado à descarga das faíscas eléctricas. O Homem sempre tentou proteger-se desta força eléctrica e dos seus efeitos.